Fomos de taxi ate um ponto de Cusco onde alguns ônibus nos esperavam. Do lado de fora, vários homens, muito simples, e aparentemente pouco agasalhados, estavam aguardando também. Percebendo meu interesse, Edgar logo explicou que eles eram os porteadores, os responsáveis por subir com todo o equipamento para nosso acampamento. Nessa hora também conhecemos Alberto, nosso cozinheiro. Simpático, mas muito tímido, com face para baixo, ele me cumprimentou acanhado. Algumas horas depois ia descobrir em Alberto o melhor cozinheiro do mundo!
Uma vez dentro do ônibus, partimos rumo a Ollantaytambo, que e uma cidade que faz parte do Valle Sagrado, de onde parte o Camino Inca. (Depois farei um post somente sobre essa cidade, que visitamos também e que tem um belissimo sitio arqueológico).
Quando descemos do ônibus, conhecemos Cassiana e Alisson, nossos compas brasileños, que seriam nossos companheiros de viagem. De mochila nas costas e coração na mao, partimos para nossa primeira foto na conhecida placa de inicio do Camino Inca!
Alisson, Cassiana, Dai e eu no início da trilha inca! |
Entao, encaramos uma fila de mochileiros no controle para a entrada da trilha. O frio da barriga vencia o frio na beira do Urubamba. O peso da mochila era menor que o peso da responsabilidae de não decepcionar a mim mesma. Minha concentração comecou ali, olhando a subida do outro lado da ponte.
Com meu segundo carimbo no passaporte (sim, mochileiros, na trilha inca há um carimbo!), dei meus primeiros passos por cima do Urubamba, rumo a Machu Picchu. Foi dificil desde o princípio. A vontade e de para a cada 1 minuto e não por causa do peso ou da falta de ar, mas para apreciar o momento. Para curtir essa parte tao especial da minha vida.
Edgar nos alertou do principio: "caminem despacio, pero mantenham o ritmo". El sol nos abençoou no primeiro dia de caminhada e nos deu um céu lindo para ornar com a terra cheia de vida. El condor e el puma completaram com harmonia nosso dia.
Avistamos dois sitios arqueológicos, Cañabamba e , e nem preciso comentar sobre as minha lágrimas. Na primeira subida que fizemos, a qual nem imaginavamos que seria a mais leve, a sensação no topo ja era mágica. Quando avistamos a primeira montanha coberta de neve, a Dai me disse: "eu sinto que estou nas nuvens", ao que respondi "sinto isso desde que pisei aqui". O Peru tem um efeito em mim que nao imaginava poder sentir.
Esse primeiro dia foi cansativo, com mochila nas costas o tempo todo e foi todo descoberta. Nunca imaginei comer tão bem nessa trilha. Quando finalmente alcancamos a parada para o almoco, ficamos boquiabertos com a organizacao: barraca montada, mesa posta, com o capricho de uma toalha tipicamente peruana. Fomos recepcionados com suco, depois sopa, então o prato principal, arroz com carne e cebola, mais sobremesa. E, por fim, um té de coca para digestão. Perfeito, memoravel. Quatro homens muito quietos nos serviam humildemente. Nesse momento ainda era cedo para conhece-los, mas eu já tentava uma aproximação.
Dez minutos apos o alomoço, partimos rumo a segunda parte do dia. Muito mais cansativa, mas tão bonita quanto a primeira. No fim da tarde, quando el sol ja cedia lugar a el luna, a chuva decidiou nos tocar a pele cansada e fria. Paramos, colocamos nossas capas e seguimos caminho. Uma hora depois, ja na penumbra, chegamos a nosso primeiro acampamento. As barracas já estavam armadas e aquele mesmos homens estavam todos a postos para, mais uma vez, nos servir um belo banquete e nos proporcionar um belo abrigo para a chuva.
A noite foi fria e dormir no chão, dentro de um saco não foi facil. Mas foi simplesmente um alivio!
Ahhhhhhhh, eu queria estar junto!
ResponderExcluire nós achando q vc só ia comer feijão de latinha esquentado na fogueira, hien?! HAHAHAHA... e o q foi a sobremesa? (essa parte me interessa, já q troco qualquer salgado por um bom doce! he)
ResponderExcluiramando poder acompanhar suas impressões/sensações, florzinha! ;)
meu deus que muito loucoo!
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