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terça-feira, 20 de julho de 2010

Agora ou nunca - Trilha Inca 3º dia

Eu ñ curto muito Bon Jovi, mas Its my life foi a trilha sonora que marcou nossa chegada a Wiñaywayna, o acampamento do 3º dia da trilha:

"It's my life
It's now or never
I ain't gonna live forever
I just want to live while I'm alive
My heart is like an open highway
Like Frankie said
I did it my way
I just wanna live while I'm alive
It's my life"

A sensacao de chegar num acampamento que tinha musica, ou seja, energia eletrica ja era boa o suficiente. Nesse dia, sabiamos que, finalmente, poderiamos tomar banho quente, a 5 soles. Tudo era alegria quando soltamos os bastoes e nos jogamos na mesa do almoco no acampamento, por volta das 15h.

O terceiro dia de caminhada foi lindo, perfeito, memoravel. Nada de grandes subidas, nada de chuva, nada de frio. Pacha Mama nos brindou com sua beleza e contemplar a natureza ao nosso redor revigorava cada passo.

Em poucas horas ja havia esquecido os tenis, as meias, a calca e jaqueta molhada que eu vestia. Dor, eu senti sim, pois havia muita descida e meus joelhos estavam arrebentados. Edgar, percebendo que eu sofria para descer, gentilmente, cedeu seu tensor para mim. A Dai caminhou super bem e quem chegou por ultimo ao acampamento fui eu e meus joelhos podres.

Depois do almoco tomei banho quente e, quando achei que ia aproveitar a super infraestrutura do nosso ultimo acampamento, o corpo pediu descanso. Minha cabeca comecou a doer, meus joelhos nao se dobravam e eu nao conseguia sair da barraca. Na hora da janta, Edgar veio me buscar e, com muita dor, e lagrimas, desse vez nao de emocao, caminhei ate a area do restaurante. Eu fui pois sabia que esse dia era especial: fariamos uma cerimonia com os porteadores que estiveram conosco durante todo o caminho. Depois da janta, e de tomar um cha de limao e um super anti-inflamatorio, fomos para o lado de fora. Embaixo de um ceu pintado por estrelas, Edgar prestou uma homenagem aos nossos bravos porteadores e nos deixou dizer algumas palavras a eles.

Eu os agradeci por todo trabalho servido e disse que jamais os esqueceria pois eles haviam me ajudado a alcancar um sonho. Elberto, Hilario, Santos e Bruno mantiveram-se, como sempre, calados e cabisbaixos, acanhados, enquanto os agradeciamos. Demos um dinheirinho e uma bandeirinha do Brasil para cada um e nos despedimos desses 4 super herois.

Do nosso acampamento era possivel avistar a bandeira de Cusco no topo da velha montanha, Machu Picchu. Atras dela, a cidade sagrada nos aguardava a apenas algumas horas. A noite foi linda e nao poderia ter sido mais perfeita.

Nesse momento, os sentimentos ja se misturavam: vontade de chegar logo e tristeza de terminar a jornada. Era meu sonho cada vez mais proximo, cada vez mais meu.

3 comentários:

  1. Ufa, que bom que o tempo colaborou!
    E uma hora o corpo pede arrego mesmo, fazer o que...

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  2. BON JOVI é da hora aylicaaaaa! huahuahauhauahau... alias, tem show dos caras em outubro, vc precisa ir comigo pra rememorar esse momento da trilha cantando it’s my life (apesar dessa musica inaugurar a fase decadência deles)... bueno, agora, foco! rs... falar da trip:

    então, q emoção ler tudo isso!!!!!!! mesmo! foda! q mto loko! ahhhhh... até chamei minha mãe e ela ficou aqui acompanhando comigo!

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