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terça-feira, 20 de julho de 2010

Mochila nas costas e coração na mão – Trilha Inca 1º dia

Edgar, nosso guia, atrasou-se longos 17 minutos, durante os quais eu não parava de andar de um lado a outro da pequena e aconchegante recepcao do hostel em Cusco. Quando já havia pedido que ligassem para a agência, finalmente ouvi o barulho de um carro. Era o Edgar, que, desde aquele momento, ja percebi que seria um grande amigo!

Fomos de taxi ate um ponto de Cusco onde alguns ônibus nos esperavam. Do lado de fora, vários homens, muito simples, e aparentemente pouco agasalhados, estavam aguardando também. Percebendo meu interesse, Edgar logo explicou que eles eram os porteadores, os responsáveis por subir com todo o equipamento para nosso acampamento. Nessa hora também conhecemos Alberto, nosso cozinheiro. Simpático, mas muito tímido, com face para baixo, ele me cumprimentou acanhado. Algumas horas depois ia descobrir em Alberto o melhor cozinheiro do mundo!

Uma vez dentro do ônibus, partimos rumo a Ollantaytambo, que e uma cidade que faz parte do Valle Sagrado, de onde parte o Camino Inca. (Depois farei um post somente sobre essa cidade, que visitamos também e que tem um belissimo sitio arqueológico).

Quando descemos do ônibus, conhecemos Cassiana e Alisson, nossos compas brasileños, que seriam nossos companheiros de viagem. De mochila nas costas e coração na mao, partimos para nossa primeira foto na conhecida placa de inicio do Camino Inca!

Alisson, Cassiana, Dai e eu no início da trilha inca!


Entao, encaramos uma fila de mochileiros no controle para a entrada da trilha. O frio da barriga vencia o frio na beira do Urubamba. O peso da mochila era menor que o peso da responsabilidae de não decepcionar a mim mesma. Minha concentração comecou ali, olhando a subida do outro lado da ponte.

Com meu segundo carimbo no passaporte (sim, mochileiros, na trilha inca há um carimbo!), dei meus primeiros passos por cima do Urubamba, rumo a Machu Picchu. Foi dificil desde o princípio. A vontade e de para a cada 1 minuto e não por causa do peso ou da falta de ar, mas para apreciar o momento. Para curtir essa parte tao especial da minha vida.

Edgar nos alertou do principio: "caminem despacio, pero mantenham o ritmo". El sol nos abençoou no primeiro dia de caminhada e nos deu um céu lindo para ornar com a terra cheia de vida. El condor e el puma completaram com harmonia nosso dia.

Avistamos dois sitios arqueológicos, Cañabamba e , e nem preciso comentar sobre as minha lágrimas. Na primeira subida que fizemos, a qual nem imaginavamos que seria a mais leve, a sensação no topo ja era mágica. Quando avistamos a primeira montanha coberta de neve, a Dai me disse: "eu sinto que estou nas nuvens", ao que respondi "sinto isso desde que pisei aqui". O Peru tem um efeito em mim que nao imaginava poder sentir.

Esse primeiro dia foi cansativo, com mochila nas costas o tempo todo e foi todo descoberta. Nunca imaginei comer tão bem nessa trilha. Quando finalmente alcancamos a parada para o almoco, ficamos boquiabertos com a organizacao: barraca montada, mesa posta, com o capricho de uma toalha tipicamente peruana. Fomos recepcionados com suco, depois sopa, então o prato principal, arroz com carne e cebola,  mais sobremesa. E, por fim, um té de coca para digestão. Perfeito, memoravel. Quatro homens muito quietos nos serviam humildemente. Nesse momento ainda era cedo para conhece-los, mas eu já tentava uma aproximação.

Dez minutos apos o alomoço, partimos rumo a segunda parte do dia. Muito mais cansativa, mas tão bonita quanto a primeira. No fim da tarde, quando el sol ja cedia lugar a el luna, a chuva decidiou nos tocar a pele cansada e fria. Paramos, colocamos nossas capas e seguimos caminho. Uma hora depois, ja na penumbra, chegamos a nosso primeiro acampamento. As barracas já estavam armadas e aquele mesmos homens estavam todos a postos para, mais uma vez, nos servir um belo banquete e nos proporcionar um belo abrigo para a chuva.

A noite foi fria e dormir no chão, dentro de um saco não foi facil. Mas foi simplesmente um alivio!

3 comentários:

  1. e nós achando q vc só ia comer feijão de latinha esquentado na fogueira, hien?! HAHAHAHA... e o q foi a sobremesa? (essa parte me interessa, já q troco qualquer salgado por um bom doce! he)

    amando poder acompanhar suas impressões/sensações, florzinha! ;)

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