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terça-feira, 6 de julho de 2010

El Camino Inca


Passagens compradas: São Paulo – Lima / La Paz – São Paulo.
A decisão agora era: como conhecer Machu Picchu? De trem, como a maioria faz? Ou pela Trilha Inca? Em abril, quando estava prestes a tomar essa decisão eu ia sozinha e bateu um medo de passar 4 dias e 3 noites em meio às montanhas sem ninguém para choramingar, se necessário. Estava prestes a fazer a besteira de desistir da trilha, quando a Lu, amiga querida, me convenceu do contrário. Graças a ela, tomei coragem e decidi fazer a trilha. Sozinha mesmo!

Eu já sabia que para fazer a trilha era necessário reservar com antecedência com alguma agência. Procurei referências nos fóruns do mochileiros e entrei em contato com a PeruInfo. Desde o primeiro momento, eles foram extremamente atenciosos e me explicaram tudo.

Pois então, reserva feita: Trilha Inca de 16 a 19 de julho, (período no qual não haverá posts...rs...). Sim, é necessário certo preparo físico e não, eu não me preparei para isso. Vai ser na raça mesmo! Vale dizer que, uma semana depois de ter reservado a trilha inca, minha amiga do coração, a Dai, decidiu embarcar comigo nessa viagem. Foi uma correria, mas conseguimos reservar pra ela também! Agora, se eu passar mal, ela me carrega! :)

DICA: No site da Mundo Terra, loja especializada em esportes de aventura, tem um check list com o que é necessário para encarar a trilha. Vale conferir e, se você estiver em São Paulo, vale visitar uma das lojas. Os vendedores são super atenciosos e fazem um papel de consultor de viagem mesmo.

Como é a Trilha Inca
O percurso deste trecho famoso que é conhecido como Caminho Inca começa no km 82 da ferrovia Cusco/Quillabamba, atravessa as montanhas acima da margem esquerda do rio Urubamba e chega até Machu Picchu depois de 4 dias de caminhada. São cerca de 42km de extensão e a altitude máxima é de 4215 metros.

Durante o primeiro dia de caminhada o terreno é liso, sem pedras, mas sobe continuamente. Alguns consideram esse como o dia mais difícil de todo o Caminho Inca, pois apesar de ainda não se chegar às grandes alturas o organismo ainda não está bem adaptado e sofre-se muito com os efeitos da altitude também conhecido como "Soroche" ou Mal da Montanha.

No segundo dia de caminhada a trilha fica cada vez mais íngreme e o terreno cada vez mais irregular. A trilha eleva-se abruptamente em direção à primeira passagem, Abra de Warmiwañuska ("passagem da mulher morta") a 4.200 metros acima do nível do mar. Geralmente venta bastante neste local e o frio é intenso devido à altitude. É um momento para sentar (se você não desabar...), descansar e admirar as lindas paisagens, mesmo que o tempo esteja nublado.

De Warmiwañuska a trilha é marcada por grandes descidas e algumas pequenas subidas. Muitos trechos possuem calçamento original inca. Ao longo deste percurso existem os sítios arqueológicos de Runkuraqay, Sayacmarka, Puyupatamarka e Wynaywayña.

Os nomes da maioria dos lugares ao longo da trilha são originários da língua Quéchua e foram adaptados pelo guia do norte-americano Hiram Bingham em sua expedição de 1915.

Runkuraqay ("pilha de ruínas") está a 3.850 metros de altitude. Por causa de sua posição e da disposição de seus compartimentos, acredita-se que o edifício tenha sido um tambo, um tipo de posto para os viajantes que seguiam a trilha até Machu Picchu. Tinha áreas com dormitórios para os viajantes e instalações de estábulo para seus animais domesticados. As paredes desta construção são do tipo "pirka".

Sayacmarka foi explorada pela segunda expedição de Bingham em 1915, que lhe deu o nome de Cedrobamba ("planície de cedros"). Em 1941 uma expedição liderada por Paul Fejos explorou novamente o lugar e rebatizou-a como Sayaqmarka, considerando sua localização geográfica que domina visualmente todo o vale do rio Aobamba. Dentro da cidadela existem diversas construções feitas com certa complexidade por terem sido adaptadas à forma da montanha, incluindo-se um aqueduto de pedra que uma vez levou água para o local. As paredes são sólidas e a forma da fortaleza pode ser vista facilmente de longe.

Puyupatamarka ("lugar sobre as nuvens") está a 3.680 metros de altitude. Assim como os outros, este grupo arqueológico também foi descoberto por Bingham em 1915, mas foi Paul Fejos quem em 1941 o rebatizou com o nome de "Puyupatamarka" em razão de que este lugar, quase sempre, se acha por sobre a neblina e as nuvens que se formam nos vales ao redor. Estas ruínas estão numa área de onde visualmente é possível controlar um amplo território e possivelmente foi um importante núcleo administrativo e religioso. Destaca-se neste conjunto uma plataforma de forma quase ovalar e uma série de estruturas retangulares alinhadas ao longo de um dos lados com canais por onde ainda escorre a água a partir do nível mais alto. Alguns acreditam que essas estruturas eram banhos com alguma função ritual.

Wynaywayña foi revelada por Paul Fejos em 1941. Posteriormente, em 1942, o arqueólogo peruano Julio C. Tello rebatizou o lugar com o nome de Wiñaywayna ("jovem para sempre") que também é o nome quéchua de uma espécie de orquídea, (Epidendrum secundum), muito comum nas redondezas. Neste grupo arqueológico se encontram diversas construções bem trabalhadas, entre elas se destaca uma na parte superior conhecida como "torre" construída parcialmente com pedras trabalhadas; uma sucessão de 10 fontes rituais do lado direito que são clássicas em todos os povoados importantes e também o setor agrícola com grande quantidade de terraços artificiais. Mais abaixo estão outras construções na borda do precipício, com paredes do tipo "pirka", de onde se tem uma vista maravilhosa da parte inferior das montanhas. Em direção ao noroeste chega-se até "Intipata" ("lugar do sol") consistindo essencialmente de terraços artificiais para uso agrícola.

A etapa final da trilha inca a partir de Wiñaywayna é através de um impressionante caminho talhado com maestria na montanha, em cujo lado direito está um profundo precipício. É uma caminhada fácil, seguindo pela trilha larga e por entre um bosque bem arejado. Depois de mais ou menos uma hora, a trilha se estreita em degraus que conduzem acima até uma pequena estrutura de pedra com um chão de grama de alguns metros quadrados. Este é Intipunku ("porta do sol") situado à 2.650 metros de altitude. Possivelmente foi uma espécie de alfândega para controlar a entrada de quem chegava à eterna cidade. De intipunku se tem a fantástica visão panorâmica de Machu Picchu.

Pela conjunção destas intrigantes ruínas com as espetaculares paisagens que oferece aos viajantes durante os dias de caminhada o Caminho Inca é uma das rotas de trekking mais famosas do mundo.

Percorrer o Caminho Inca é reviver o modo como os incas faziam para chegar a Machu Picchu. Devido à altitude e ao esforço requerido nos dois primeiros dias de caminhada é um momento de superação e um desafio pessoal.

Fonte:
Texto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caminhos_Incas

7 comentários:

  1. Oi flor, tenho certeza que sua viagem sera um arraso!
    Aproveita tudo, viu...
    Adoro sua coragem! (:
    Beijocas carinhosas
    Carol - prima!

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  2. "É um momento para sentar (se você não desabar...)"

    HAHAHAHAHAHA!!!

    Mas agora é sério. Tô torcendo para que sua viagem seja perfeita, repleta de experiências incríveis e memoráveis. E tomara que seu organismo se adapte bem!

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  3. Ayla, quanto tempo!
    Que legal o seu blog! Parabéns!
    Essa viagem é incrível! Eu fiz há dois ou três anos. Amei! Todos os lugares são incríveis!
    Lima é uma cidade meio esquisita, mas tem restaurantes deliciosos, um sítio arqueológico bem bacana na área urbana e, na área mais nobre da cidade, a vista para o Pacífico é ESPETACULAR! O centro da cidade é uma graça, vale a pena! Torça para pegar uma procissão no meio do caminho, é muito lindo! Ah, não deixe de tomar o sorvete de lúcuma, uma fruta da região! Tem em qualquer lugar e é saborozíssimo!
    Cusco é o máximo, uma cidadezinha minúscula, mas cheia de surpresas: lugares históricos, restaurantes deliciosos, baladinhas bem divertidas. Tem que bater perna!
    Ao redor de Cusco, vale a pena conhecer o Vale Sagrado, tem que ter fôlego, mas você vai conhecer lugares cheios de histórias e energias!
    Em Machu Picchu, uma dica é chegar para ver o nascer do sol. Incrível, magia pura! Principalmente porque o pessoal que vem de Cusco (a grande maioria) de trem só chega depois das 10h00. Então, você ganha algumas horas de Machu Picchi vazia, silenciosa, só para você e mais alguns poucos gatos pingados. Não dá para explicar, é uma epifania, sua vida literalmente ganha novos horizontes.
    Enfim, vou parar de escrever, porque tenho que voltar ao trabalho e não quero adiantar as suas surpresas, mas essa viagem tem muuuuuuuuuitos outros detalhes e descobertas que vão transformar sua existência!
    Aproveite muito, ande muito, respire muito (isso é importante, rs) e não masque folha de coca, é muito ruim (rs)!
    Super beijo e boa viagem,
    Isa

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  4. vai, VAI! aylica, VAI! ótima viagem flor!!! será sensacional!!! :)

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  5. Aylinha!

    Que orgulho de vc por ter decidido fazer isso desse jeito!

    Vai com tudo e não perde nada =)

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  6. isso aí... e conheça umas peruanas que me recebam em suas casas ano que vem....rs...
    Suerte... beijo!
    Guilherme

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